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Programa capacita cerca de 800 estudantes para o pensamento computacional

Estudantes do Ensino Fundamental de escolas públicas aprimoraram habilidades por meio do Letramento em Programação

Usar da tecnologia para desenvolver softwares ou máquinas pode render resultados positivos, mas e quando a tecnologia é utilizada para desenvolver pessoas? Essa é a proposta do programa Letramento em Programação, realizado pela IMED, através do InovaEdu – Laboratório de Ciência e Inovação para a Educação, em parceria com o Instituto Ayrton Senna e com o apoio do Instituto Jama. Nesta sexta-feira (04), cerca de 800 estudantes de sete municípios do Norte gaúcho celebraram a conclusão das atividades. A tradicional cerimônia de formatura, chamada Tech Oscar, desta vez foi realizada online.

Por meio do pensamento computacional, estudantes de 4º a 9º anos do Ensino Fundamental de escolas públicas aprimoram habilidades consideradas essenciais para os cidadãos do século XXI, como a criatividade, a capacidade de resolução de problemas complexos, o empreendedorismo e, claro, a fluência tecnológica, sempre em uma perspectiva de Educação Integral. Neste ano, o programa foi realizado de maneira diferente. As atividades começaram presencialmente, com a formação dos professores, porém, devido ao contexto da pandemia, foi necessário reinventar as formas de articulação, ensino e acompanhamento.

“Inicialmente, focamos em contribuir para que cada um dos professores do letramento pudesse reinventar-se. Na articulação do programa, despertamos em cada município a busca pelos seus pontos fortes e, através deles, surgiu o EduConecta21, Rede de Educadores para Educadores, que impactou mais de 4 mil professores em todo o Brasil. Foram necessários muito engajamento e proatividade para que as atividades fossem retomadas de modo remoto e, para que, no dia de hoje, conseguíssemos celebrar a conclusão do programa de 800 estudantes de sete municípios: Coxilha, Ernestina, Lagoa Vermelha, Passo Fundo, Sananduva, São João da Urtiga e Sertão”, destaca a articuladora do programa, Taíse Telles.

O programa Letramento em Programação foi lançado em 2015. No ano seguinte, a IMED firmou parceria com o Instituto Ayrton Senna para trazer a primeira iniciativa do projeto ao Sul do Brasil, chamado Núcleo de Programação Norte Gaúcho. Sob a coordenação e execução do InovaEdu – Laboratório de Ciência e Inovação para a Educação da IMED, o programa ganhou a adesão de Prefeituras. Ao todo, com suas formações e com o EduConecta21, o Letramento impactou diretamente 16 municípios do Norte Gaúcho que fazem parte do programa.

No último ano, ganhou apoio do Governo do Rio Grande do Sul, o que garantirá a ampliação do programa por meio da rede de ensino estadual. “Em 2021, vamos ampliar o Letramento em Programação, que hoje roda em 16 municípios, para um total de 20 municípios. Também temos uma grande novidade que é a ampliação do programa para Porto Alegre. Pela primeira vez, o Letramento será ampliado da região Norte para Porto ALegre. Nossa expectativa é, em condições normais, sem pandemia, atender a 3,5 mil estudantes de escolas públicas municipais e estaduais. Com isso, deixamos de ser Núcleo Norte Gaúcho e nos tornamos Núcleo Gaúcho de Letramento em Programação”, acrescentou o líder do InovaEdu/IMED, professor Amilton Rodrigo de Quadros Martins.
Como funciona

O Letramento em Programação é um programa que potencializa a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), através do pensamento computacional. O objetivo não é formar programadores, e sim, através da programação, inspirar e despertar os comportamentos que desenvolvem essas competências. Para implementação do Letramento em Programação, não é exigido pagamento por parte das escolas, nem dos governos municipais e estadual. Nessa parceria, o poder público cede a infraestrutura para as aulas – que ocorrem na própria escola -, professores e arca apenas com o deslocamento dos docentes para realizar a formação na IMED.

O programa utiliza ferramentas de programação de computadores para crianças, que diferente da programação profissional, uma vez que possui finalidades didáticas. Desde 2014, um movimento mundial chamado CODE.org, propõe o uso de programação de computadores em escolas, visando justamente desenvolver o raciocínio lógico e a criatividade, mobilizados com a finalidade de resolução de problemas do cotidiano. Estados Unidos, Finlândia, e Reino Unido são exemplos que adotaram movimentos mundiais nesse sentido.

Representantes de municípios interessados em incluir suas escolas próxima edição do programa Letramento em Programação podem entrar pelo e-mail amilton.martins@imed.edu.br

Texto: Karen Vidaleti

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