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Letramento em Programação prepara professores e gestores para edição 2021

Formação técnica e comportamental foi realizada online, utilizando quatro salas de aula simultâneas

Mais de 90 professores e gestores de escolas participaram da 2ª Formação Técnica e Comportamental Online do programa Letramento em Programação, na última semana. O encontro reuniu participantes de 19 cidades do Rio Grande do Sul. O Letramento em Programação é um programa que potencializa a Educação Integral junto com a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), através do pensamento computacional. O objetivo não é formar programadores, e sim, através da programação, inspirar e despertar os comportamentos que desenvolvem essas competências.
As atividades foram realizadas em quatro salas simultâneas e envolveram a aplicação de Scratch básico, coordenado pela professora Vânia Vedana; Scratch intermediário, com o professor Gabriel dos Santos; App Inventor, ministrado pelo professor Lucas Rodrigues; e também a Computação Desplugada, liderada pela professora Graziela Tussi. Esta última consiste em uma alternativa desenvolvida para aqueles alunos sem acesso à internet e sem equipamentos, computador ou celular, onde as atividades são enviadas para serem resolvidas em casa e devolvidas na escola.

O encontro também contou com a participação da empresa Vivências Criativas, que trabalhou a autoconfiança como uma competência, com o objetivo de conectar professores e alunos a conteúdos assertivos, acolhendo os participantes e despertando inúmeras potencialidades para se reinventar.

Entre os presentes, a professora Greici Fior iniciou no Letramento e Programação neste ano, pela EMEF Arlindo Luiz Osório, da Rede Municipal de Passo Fundo. Ela já conhecia o programa, pois atuou como assessora do NTE 7ª CRE. Agora, mesmo com os desafios impostos pela pandemia, se prepara para iniciar o programa na escola, de forma remota, com 106 alunos dos 4º, 5º ,6º e 7º anos. Será via Google Classroom e Google Meet, com atividades plugadas e desplugadas, e, para isso, ela conta com total apoio da direção da escola.

“Acredito que as formações do programa nos permitem buscar para além das nossas experiências. E que, enquanto professores, possamos ressignificar nossas práticas de tal forma que a distância física seja amenizada. O programa me permite uma formação técnica interativa e pontual, embasada em OPAs (Orientações Pedagógicas de Aprendizagem), as quais nos possibilitam ter uma uma clareza da forma adequada para desenvolver as atividades. Sou formada em Educação Física, mas amo estudar Tecnologia, esta é a prova de que é possível sim integrar diferentes áreas do conhecimento e sair ‘fora da caixa’. Também preciso mencionar o carinho e atenção com a qual foi recebida neste programa, recebendo mensagens de incentivo e boas-vindas pelos colegas que já estão no programa. Simplesmente maravilhoso fazer parte deste time”, relata.

Coordenadora Pedagógica de Carazinho, Vanessa Dal Pizzol Scheffer lembra que o município participa do programa desde 2017. “Vivenciar as formações do Letramento em Programação, pautadas nas competências socioemocionais, na troca entre todos os envolvidos e nas aprendizagens que versam sobre o pensamento computacional, é ver as possibilidades. Possibilidade de desenvolver ações que promovam a educação integral, e oportunizar aos nossos estudantes atividades em que eles são protagonistas das suas aprendizagens. As expectativas e a alegria de participar do programa são enormes”, compreende.

Para Graziela Bergonsi Tussi, professora e formadora do programa em Passo Fundo, o programa instiga a construir junto aos colegas. “Fazer parte da formação em computação desplugada, especificamente, é um desafio maior ainda, porque muitas escolas, pelo ensino remoto ou pelo ensino híbrido, não estão tendo a oportunidade de trabalhar diretamente com os alunos a computação plugada. Então, os desafios são maiores, a gente não tem muito material. É preciso construir junto. As OPAs nos auxiliam muito, mas, aprender a trabalhar com elas com os professores novos, está sendo um desafio muito bom”, pontua.

SOBRE O LETRAMENTO EM PROGRAMAÇÃO

O Letramento em Programação foi lançado em 2015. No ano seguinte, a IMED firmou parceria com o Instituto Ayrton Senna para trazer a primeira iniciativa do projeto ao Sul do Brasil, chamado Núcleo de Programação Norte Gaúcho. Sob a coordenação e execução do InovaEdu – Laboratório de Ciência e Inovação para a Educação da IMED, o programa ganhou a adesão de prefeituras. No último ano, o programa ganhou apoio do Governo do Rio Grande do Sul, garantindo a sua ampliação por meio da rede de ensino estadual. Com isso, o Núcleo de Programação Norte Gaúcho torna-se Núcleo de Programação do Rio Grande do Sul.

Para implementação do Letramento em Programação, não é exigido pagamento por parte das escolas, nem dos governos municipais e estaduais. Nessa parceria, o poder público cede a infraestrutura para as aulas – que ocorrem na própria escola -, professores e arca apenas com o deslocamento dos docentes para realizar a formação na IMED.

Texto: Karen Vidaleti

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