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Computação Desplugada para desenvolver o pensamento computacional

Para contemplar os estudantes com dificuldade de acesso à internet, Letramento em Programação capacitou docentes para explorar o formato

Como alternativa àqueles alunos sem acesso à internet e sem equipamentos como computador e celular, neste ano, o Programa Letramento em Programação incluiu no seu calendário formações de Computação Desplugada. O programa utiliza ferramentas de programação de computadores para crianças, que diferente da programação profissional, tem finalidades didáticas, desenvolvendo o raciocínio lógico e a criatividade, além da capacidade de resolução de problemas.

“A Computação Desplugada é um conjunto de atividades que são desenvolvidas com o objetivo de ensinar os fundamentos da Ciência da Computação, sem a necessidade do uso dos computadores. O professor organiza atividades que envolvam criatividade e participação dos alunos, através de jogos, desafios de raciocínio e lógica, atividades makers (que o aluno precisa construir algo), entre outros. A ideia é fazer com que o aluno entenda a maneira que o computador ‘pensa’, ou seja, como ele lê os dados que inserimos nele, e de que maneira ele pode executar esses dados. A partir daí ele desenvolve o Pensamento Computacional, que é o processo feito para entender os aspectos da computação e aplicar ferramentas, técnicas e soluções que facilitem sistemas e processos”, explica a professora Graziela Bergonsi Tussi, que ministra as aulas de Computação Desplugada no Programa Letramento em Programação.

Para ela, desenvolver o pensamento computacional é de extrema importância para potencializar e aprimorar outras habilidades, pois ele contribui para a resolução de problemas, estimula a criatividade e autonomia do indivíduo, fomenta o conhecimento interdisciplinar e desenvolve a alfabetização digital.

“Em 2021, o Programa Letramento em Programação colocou no seu calendário formações de Computação Desplugada, juntamente com as que já aconteciam nos anos anteriores. Muitos laboratórios foram fechados e infelizmente, muitas crianças das escolas públicas, mesmo tendo aula online, não possuem acesso à internet ou computadores para fazer seus trabalhos. Os trabalhos, que acontecem desde março, ajudam os professores na busca e execução de atividades que não precisam de computador para que possam acontecer. Todas as sugestões são testadas pelos próprios professores durante as formações, que acrescentam suas contribuições e engrandecem o trabalho proposto. Enquanto esperamos o retorno aos espaços tradicionais de aprendizagem de Informática, com tecnologias e equipamentos eletrônicos, seguimos fazendo nosso melhor, com as ferramentas que temos. Encontramos novas formas de trabalhar, de maneira criativa e não menos importante, e com certeza, quando tudo voltar a ser como era antes, não será como era antes.”

CONSTRUINDO O PRÓPRIO COMPUTADOR
Já no retorno presencial do Projeto de Informática Educativa de E.M.E.F. Arlindo Luiz Osório, de Passo Fundo, os estudantes dos 1º e 2º anos, das séries iniciais, foram desafiados a construir seu próprio computador, com uso de materiais alternativos. Para iniciar o projeto de construção, os alunos conheceram a história do computador e estudaram as partes que constituem o equipamento. Com muita música, cor e diversão neste processo, o trabalho foi conduzido pela professora Greici Fior, responsável pelo Letramento em Programação na escola.

O QUE DIZ QUEM PARTICIPA
“As aulas do Letramento em Programação são sempre esperadas com bastante ansiedade pelas crianças. Os mesmos participam com bastante curiosidade e motivação, desenvolvendo novas habilidades, entre elas: raciocínio lógico, criação de conteúdo e trabalho em equipe. A descoberta dessa ferramenta está proporcionando um novo mundo cheio de oportunidades.”

Janaína C. Boccoli e Solange Spadoa, professoras da Escola Municipal João Rodrigues de Souza, município de Caseiros.

Computadores construídos pelos estudantes, em Passo Fundo

Texto: Karen Vidaleti

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