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Letramento em Programação já colhe resultados em Porto Alegre

Programa tem auxiliado alunos da rede municipal de ensino e também de entidade filantrópica no desenvolvimento de habilidades

Neste ano, o Letramento em Programação expandiu sua atuação, impactando estudantes de cerca de 100 escolas, em 21 municípios. Entre as cidades que passaram a aplicar o programa em 2021, está a capital gaúcha. A Rede Municipal de Porto Alegre conta com 98 escolas e mais de 50 mil alunos. No seu primeiro ano no município, o programa vem sendo aplicado em 10 instituições.

“O Letramento em Programação foi recebido com entusiasmo pela Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre. Há algum tempo, os professores demandam um programa voltado para as habilidades e competências necessárias para o século XXI e o LetProg veio atender essa necessidade ao trabalhar com pensamento computacional e, ao mesmo tempo, desenvolver a criatividade e a colaboração”, avalia o Coordenador Pedagógico do município, Roberto Milman Azambuja.

O programa vem sendo desenvolvido com alunos das turmas de 4º, 5º e 6º anos do Ensino Fundamental, em diferentes modalidades. “Alguns professores optaram pela aplicação no horário regular, aliando o LetProg ao componente curricular; outros decidiram oferecer o Letramento em Programação como uma oficina para alguns alunos, buscando engajar e atrair os estudantes para dentro do colégio, depois de um longo distanciamento devido à pandemia”, explica assessora pedagógica da secretaria, Daniela Rodrigues Espíndola.

Para tornar o ambiente mais próximo dos jovens, os docentes vêm investindo no caráter lúdico da plataforma Scratch. “As formações oferecidas pela IMED foram de grande auxílio neste processo, já que possuem caráter prático – ligado ao cotidiano escolar, e conteúdo maleável às necessidades de cada docente”, complementa Roberto.

Santa Zita de Lucca

A Associação Beneficente Santa Zita de Lucca, entidade filantrópica localizada no bairro Maria da Conceição, Zona Leste de Porto Alegre, está entre as instituições que deram início à parceria com a IMED e com o Instituto Ayrton Senna neste ano. A instituição foi apresentada ao programa por intermédio do apoiador Tiago Kretzmann, do Instituto JAMA, e, desde o início do ano, implantou o Letramento em Programação, com o objetivo de desenvolver nas crianças habilidades como criatividade, colaboração, comunicação, atenção e raciocínio lógico.

“O programa, que já existe há alguns anos em várias cidades e estados do Brasil, está fazendo a diferença no desenvolvimento das crianças, que questionam todos os dias quando será a próxima ‘aula na informática’. Uma vez por semana, as crianças participam de atividades online ou desplugadas, voltadas para a prática da programação, seja ela de aplicativos, jogos ou histórias interativas, nas quais aprendem a criar um conjunto de instruções que fazem com que o computador execute uma ou mais tarefas”, relata a professora Caroline Magnus Trajano.

Na associação, participam do projeto três educadores e 85 crianças entre 6 e 12 anos de idade, que ficam na instituição no contra turno escolar, chamado de ‘Extra Classe’. Ao longo do ano, o programa já realizou pouco mais de 20 das 60 horas previstas de sua duração anual, que já resultaram em avanços significativos no aprendizado das crianças, auxiliando em processos como a alfabetização, o conhecimento lógico-matemático e a produção e organização de ideias em um texto.

“No início, o projeto foi um desafio para as coordenadoras e educadoras da instituição que, por serem leigas no assunto, tiveram de participar de diversas formações, no intuito de se tornarem bons facilitadores e passar para as crianças o maior e melhor conhecimento possível. No entanto, com o decorrer das formações e das aulas, e com um conhecimento mais profundo acerca do tema, o projeto vem se mostrando realmente eficiente não só no que diz respeito aos computadores, mas também em inúmeros outros aspectos da aprendizagem, como os cognitivos e sociais. Crianças com uma grande dificuldade de aprendizado demonstraram uma enorme habilidade na programação e execução de jogos e aplicativos, o que evidencia a necessidade de utilizar formas diversificadas de ensino, que alcancem uma variada quantidade de mentes, idéias e pensamentos”, observa Daniela.

Ela conta que algumas famílias já trouxeram de casa relatos de como as crianças estão entusiasmadas com o projeto, contando o que realizaram e como conseguiram chegar lá, exaltando suas conquistas e relatando também as dificuldades encontradas ao longo do percurso do Letramento em Programação.

“Trata-se de ficar contente com os triunfos e vitórias alcançadas, mas também de aprender a lidar com as frustrações e fazer delas uma motivação para continuar tentando. Com certeza, a parceria iniciada neste ano ainda seguirá por muitos outros, melhorando a trajetória escolar de tantas crianças quantas forem possíveis. Que a nossa instituição seja mais uma a contribuir, entre tantas outras que já fazem parte do programa ou que ainda irão iniciar sua caminhada na Programação”, conclui.

Texto: Karen Vidaleti

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