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Letramento em Programação e robótica na Escola Mariano Beck, em Porto Alegre

No retorno das atividades presenciais, em maio, instituição de ensino integrou novas ferramentas à sua oficina de robótica

Em 2021, o Letramento em Programação chegou à rede municipal de ensino de Porto Alegre e a EMEF José Mariano Beck está entre as instituições que tiveram suas atividades impactadas pela iniciativa. A ação é realizada pelo InovaEdu – Laboratório de Ciência e Inovação para a Educação da Fundação IMED, em parceria com o Instituto Ayrton Senna e com o apoio do Instituto Jama.

A robótica educacional teve início na EMEF José Mariano Beck nos anos 1990, através da professora Maria Inês Hocevar Brochado, trabalho que, desde 2007, segue conduzido pela professora Luciana Tadewald. Neste ano, o curso Letramento em Programação foi oferecido para as escolas da rede municipal e Luciana aceitou o desafio de aprender a usar uma nova ferramenta: o Scratch.

Desde maio, quando as aulas presenciais foram retomadas na cidade dentro de um novo contexto, a robótica retomou as oficinas com os alunos de sexto e sétimo anos, já utilizando o Scratch. Para iniciar, cada aluno montou um diário de bordo, para registros de informações que precisam ser lembradas para as aulas (login, senha, e-mail), instruções e anotações importantes.

Nos encontros, os estudantes exploraram o que é um computador, um robô, realizaram atividades desplugadas para compreender o conceito de programação e exploraram jogos como Blockly Games. A seguir, aprenderam a criar um perfil no Scratch, a partir de um convite para participar de uma sala. Dentro da plataforma, conheceram onde fica o palco, os atores, os cenários e os blocos de comando. No primeiro momento, foram fazendo um passo-a-passo, editando o ator e movendo pelo palco. Quando já estavam familiarizados com o Scratch, foram desafiados a montar e animar o seu nome.

“Um dos aspectos explorados nas aulas é a forma correta de escrever o título do projeto bem como as instruções e os dados do autor. Cabe destacar aqui que, devido à pandemia, os alunos estão apresentando menos domínio das normas ortográficas. Então, no momento de fazer os registros para compartilhar na internet, a professora sempre retoma o uso da letra maiúscula nos títulos e nomes próprios, a clareza para escrever as instruções, tornando assim o ensino da ortografia em uma ação com sentido: escrever da melhor forma porque alguém do mundo vai ler”, explica Luciana.

Em agosto, os alunos participaram da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), prova teórica. A partir desse evento, foi proposto que transformassem as questões da prova de papel em um jogo digital utilizando o Scratch. O projeto recebeu o nome de Jogolimpo, uma união das palavras “jogo” e “olimpíada”.

Para atingir o objetivo, os alunos iniciaram pela prova teórica da OBR, nível 0, ano 2021, escolhendo a questão 6. Após, estudaram o conteúdo da questão e planejaram um jogo de múltipla escolha. A seguir, iniciaram a produção, digitalizando e salvando as imagens necessárias para montar o “cenário” no programa Scratch. Adicionaram os “atores” que são os elementos que serão programados. Depois disso, montaram o algoritmo, testaram e realizaram ajustes. Por fim, incluíram os dados e as instruções, compartilhando o jogo que fica disponível na internet para que qualquer pessoa possa jogar.

Segundo a professora, o projeto continuará a ser desenvolvido, criando jogos para as demais questões das provas. “Os estudantes concluíram que o projeto Jogolimpo ajuda os participantes a estudar mais sobre robótica, aprender a usar as ferramentas do computador como edição de imagem e texto e a produzir materiais educativos para que outras pessoas possam aprender mais sobre a OBR.”

Assista ao relato do trabalho realizado pelos alunos.

A partir dessa experiência, os alunos foram desafiados a criar suas próprias questões e montar um projeto sem ajuda da professora, apenas consultando o seu diário e os projetos de Scratch que tinham feito anteriormente.

“Enfim, o trabalho de letramento em computação realizado na oficina de robótica da EMEF José Mariano Beck tem proporcionado muitas aprendizagens significativas para os alunos e sua professora. Não tem nenhuma aula na qual não surjam problemas a serem resolvidos, projetos a serem criados e novas aprendizagens serem realizadas por alunos e professora”, diz Luciana.

Blog da robótica

Todos os encontros realizados foram registrados em blog, página criada em 2008, a partir da participação de professores da escola no curso Escolas Conectadas, realizado pelo Instituto Ayrton Senna, que também é parceiro do Letramento em Programação. Os jogos construídos, finalizados ou em finalização podem ser acessados através do blog.

Desde o nascimento do blog, se passaram 13 anos, com muitos registros de como as aulas são realizadas, de participações em eventos internos e externos, de projetos desenvolvidos, de viagens pelo País para divulgar os projetos, de reportagens realizadas sobre o trabalho.

Com os avanços da comunicação digital, também foram incorporados ao blog um perfil no Facebook, um canal no Youtube e, recentemente, um perfil no Instagram.

                 Projeto Jogolimpo ajuda os participantes a estudarem mais sobre robótica

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