Não é só o conhecimento sobre pensamento computacional que o Núcleo RS do Letramento em Programação (LetProg) leva aos municípios parceiros.
O projeto, parceria entre o Instituto Ayrton Senna, apoiado pelo Instituto JAMA, e o InovaEdu – Laboratório de Ciência e Inovação para a Educação da Fundação IMED, também fomenta a melhoria na infraestrutura dos laboratórios de informática nas escolas participantes. Mais de 7 mil estudantes gaúchos participam do LetProg.
Os municípios participantes têm realizado investimentos em novos equipamentos para aproveitar ao máximo o potencial transformador do programa. É o caso da Escola Municipal de Ensino Fundamental 11 de Abril, de Erebango.
Após ingressar no LetProg, a instituição conseguiu montar um laboratório com 25 computadores, sendo 15 equipamentos cedidos pela prefeitura e outros 10 doados pelo Sicredi.
“O Programa veio como uma forma de usarmos da melhor forma nossa nova sala. Desde o início do ano já colocamos o Letramento Digital como disciplina na grade curricular do 4° e 5° ano”, afirma a secretária da educação do município, Milena Zanatta.
Aprendizagem com formação integral
Em São João da Urtiga, a reforma do Laboratório de Informática e a aquisição de novos computadores foram as primeiras ações após a adesão ao LetProg. A instituição participante, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Luis Biasi, recebeu 35 computadores novos, além de mesas, armários e diversos outros materiais.
“Os equipamentos estão sendo usados por todos os estudantes, mas principalmente pelos participantes do LetProg que, por meio dessas ferramentas, têm a possibilidade de uma aprendizagem com formação integral, com novas experiências e descobertas”, explica a coordenadora municipal do LetProg no município, Vanessa Weber.
Cidadania em um mundo conectado
Em Porto Alegre, foi adquirido um novo lote de chromebooks para equipar as escolas. Também houve a ampliação do acesso à internet por rede wifi nas instituições. Com o LetProg, as escolas podem aproveitar o potencial destas novas infraestruturas em seus projetos pedagógicos.
De acordo com o coordenador do LetProg na Capital, Roberto Azambuja, a Secretaria da Educação do município espera qualificar o uso das ferramentas tecnológicas e aprimorar o ensino da linguagem computacional.
“É fundamental que os alunos tenham acesso ao letramento digital para que possam exercer sua cidadania num mundo conectado. E este movimento só será possível com infraestrutura, conectividade e proposta pedagógica”, explica Azambuja.
Em Getúlio Vargas, o LetProg evidenciou a riqueza das experiências vivenciadas pelos estudantes nos laboratórios de informática. Além disso, o planejamento do tempo de utilização dos espaços foi uma forma de despertar nos estudantes o quanto esta estrutura é importante para sua formação.
Segundo o coordenador municipal David Zanoni, o ingresso no programa foi um impulso importante para melhorar e repaginar os espaços: “Com a melhoria constante da infraestrutura, podemos acompanhar o que existe de mais atual na tecnologia e, assim, proporcionar melhores ambientes pedagógicos possíveis para professores e alunos”.
O Letramento em Programação vai além do desenvolvimento das habilidades computacionais. Possibilita a expansão das competências socioemocionais e geração de impacto nas escolas, alterando o formato de aprendizagem, facilitando a leitura e criando novos autores no mundo digital.